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terça-feira, 28 de junho de 2011
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
domingo, 3 de outubro de 2010
Maradona pelado? Não, obrigada! Valeu Alemanha!
Os brasileiros nem estão mais lembrando que a nossa seleção foi eliminada da copa. Tudo isso foi esquecido com a derrota da Argentina para a Alemanha no sábado de manhã. Tinha gente soltando fogos, soprando a vuvuzela, gritando e vibrando a eliminação argentina. O Brasil não passou das oitavas, jogou vergonhosamente, perdeu para a Holanda e acabou com o nosso sonho do hexa. Mas, nossos hermanos também perderam. E foi de goleada!!! Incrível a cara do Maradona a cada gol. Além disso, não vamos mais precisar vê-lo pelado. Obrigada Alemanha!
Acho que todos nós já esperávamos que o Brasil não fosse ser campeão desde a convocação do Dunga. Depois do jogo contra Portugal, isso ficou ainda mais evidente. O problema é que a nossa esperança é a última que morre. Tenho certeza que a maioria ainda achou que íamos virar o jogo, ou pelo menos empatar para ir para a prorrogação ou decisão nos pênaltis.
Cada segundo da partida é de extrema importância, como no jogo entre Uruguai e Gana. No último minuto da prorrogação, o jogador uruguaio Suaréz defendeu com as mãos um possível gol do adversário. Foi expulso e pênalti para Gana. Resultado: Gana perdeu o pênalti, Uruguai levou a melhor na disputa final de pênaltis e Suaréz se tornou ídolo.
Teve também o jogo da Espanha e Paraguai. Pênalti pro Paraguai. O atacante paraguaio Cardozo bateu mal e o goleiro espanhol Casillas fez a defesa. Um minuto depois foi a vez de a Espanha ter a chance. Villa foi derrubado dentro da área. Xabi Alonso marcou na primeira cobrança, mas o árbitro mandou voltar alegando invasão. Na segunda tentativa, Villar fez a defesa. Por fim, a Espanha ganhou com um gol dramático. A bola chorou para entrar no gol após bater duas vezes na trave.
A copa se vai, as lições ficam
Com a eliminação do Brasil, ficou provado que manter os jogadores em concentração rígida não faz ganhar copa. Pelo contrário, parece que os jogadores ficam mais nervosos. Kaká e Robinho estavam visivelmente irritados. Kaká foi expulso. Robinho xingava os adversários com tanto ódio. Sem contar Felipe Melo. Mas esse é um caso a parte, já que apresentava indisciplina em todos os campeonatos que jogou.
Com a derrota da Argentina, comprovou-se que ter um time favorito, cheio de craques e com o melhor jogador do mundo também não faz ganhar copa. Futebol é feito de momentos. E é ali, nos 90 minutos que a equipe tem que apresentar resultado.
Espero que em 2014 possamos comemorar o hexa aqui no nosso país. E que as lições que essa copa na África deixou para o Brasil fiquem para sempre na cabeça de cada um dos próximos jogadores e técnicos que nossa seleção tiver.
Acho que todos nós já esperávamos que o Brasil não fosse ser campeão desde a convocação do Dunga. Depois do jogo contra Portugal, isso ficou ainda mais evidente. O problema é que a nossa esperança é a última que morre. Tenho certeza que a maioria ainda achou que íamos virar o jogo, ou pelo menos empatar para ir para a prorrogação ou decisão nos pênaltis.
Cada segundo da partida é de extrema importância, como no jogo entre Uruguai e Gana. No último minuto da prorrogação, o jogador uruguaio Suaréz defendeu com as mãos um possível gol do adversário. Foi expulso e pênalti para Gana. Resultado: Gana perdeu o pênalti, Uruguai levou a melhor na disputa final de pênaltis e Suaréz se tornou ídolo.
Teve também o jogo da Espanha e Paraguai. Pênalti pro Paraguai. O atacante paraguaio Cardozo bateu mal e o goleiro espanhol Casillas fez a defesa. Um minuto depois foi a vez de a Espanha ter a chance. Villa foi derrubado dentro da área. Xabi Alonso marcou na primeira cobrança, mas o árbitro mandou voltar alegando invasão. Na segunda tentativa, Villar fez a defesa. Por fim, a Espanha ganhou com um gol dramático. A bola chorou para entrar no gol após bater duas vezes na trave.
A copa se vai, as lições ficam
Com a eliminação do Brasil, ficou provado que manter os jogadores em concentração rígida não faz ganhar copa. Pelo contrário, parece que os jogadores ficam mais nervosos. Kaká e Robinho estavam visivelmente irritados. Kaká foi expulso. Robinho xingava os adversários com tanto ódio. Sem contar Felipe Melo. Mas esse é um caso a parte, já que apresentava indisciplina em todos os campeonatos que jogou.
Com a derrota da Argentina, comprovou-se que ter um time favorito, cheio de craques e com o melhor jogador do mundo também não faz ganhar copa. Futebol é feito de momentos. E é ali, nos 90 minutos que a equipe tem que apresentar resultado.
Espero que em 2014 possamos comemorar o hexa aqui no nosso país. E que as lições que essa copa na África deixou para o Brasil fiquem para sempre na cabeça de cada um dos próximos jogadores e técnicos que nossa seleção tiver.
O Brasil audacioso que gostamos de assistir
Até que enfim o Brasil mostrou porque tem grandes chances de alcançar o sexto título de campeão do mundo. Ontem, no jogo contra o Chile, apareceu uma seleção segura, consistente, que explorava as chances de gol. É esse o futebol que a torcida brasileira gosta de ver, e não a palhaçada que foi o jogo contra Portugal. Melhor esquecer essa partida. O Chile permitiu que o Brasil mostrasse seu futebol, e a superioridade brasileira nos fez os donos da partida. Os jogadores entraram em campo respeitando a camisa que vestem.
Dessa vez o Brasil mostrou, sim, que é favorito. Mas, como eu disse na última coluna, favoritismo não ganha copa. Passaram-se 18 dias e já foram eliminados alguns dos considerados favoritos antes da copa começar: França, Itália e Inglaterra já deram adeus à África do Sul.
Depois desses quatro jogos da nossa seleção, podem-se tirar algumas conclusões:
Ficou claro que Daniel Alves não acerta escanteio.
Ficou claro que o Brasil não ganha sem Kaká e Robinho.
E por último, porém não menos importante, ficou claro que Lúcio é mais que zagueiro. Lúcio foi, sem dúvida, o melhor em campo. Ele atuou como armador, lateral direito, lateral esquerdo, centro-avante, zagueiro, goleiro. Daqui a pouco vai atuar até como juiz. Lúcio é monstro. A cara fechada dele coloca medo em qualquer um. O adversário treme só de dar uma olhadinha. Coitado do jogador que dá de cara com ele na defesa. Dizem que quando ele sai da zaga, parece que está fugindo da prisão. Lúcio é o cara.
Outro jogador que está chamando a atenção de todo mundo é o Kaká. Primeiro porque ele vem melhorando sua atuação a cada jogo. E segundo porque ele mostrou que corre sangue nas veias dele. Acho que os brasileiros gostaram do novo Kaká, um Kaká bad boy. Foram 3 cartões amarelos em três jogos. Foi expulso jogando contra a Costa do Marfim. Ele não teve medo daqueles monstros da seleção africana e partiu pra cima dos caras.
Na nossa seleção só tem cara marrento. Luis Fabiano não esboça nem meio sorriso antes do jogo. Cumprimenta os adversários como se fossem seus piores inimigos. Isso sem falar no nosso técnico Dunga. Fica com cara amarrada e dá patadas em toda a imprensa. Enquanto estiver ganhando, pode continuar assim. Está ótimo.
Enfim, que venha a Holanda, uma dar grandes forças do futebol europeu. E que ela seja a Holanda de sempre: aquela que assusta, mas não ganha a copa. E vamos tomar suco de laranja!
Dessa vez o Brasil mostrou, sim, que é favorito. Mas, como eu disse na última coluna, favoritismo não ganha copa. Passaram-se 18 dias e já foram eliminados alguns dos considerados favoritos antes da copa começar: França, Itália e Inglaterra já deram adeus à África do Sul.
Depois desses quatro jogos da nossa seleção, podem-se tirar algumas conclusões:
Ficou claro que Daniel Alves não acerta escanteio.
Ficou claro que o Brasil não ganha sem Kaká e Robinho.
E por último, porém não menos importante, ficou claro que Lúcio é mais que zagueiro. Lúcio foi, sem dúvida, o melhor em campo. Ele atuou como armador, lateral direito, lateral esquerdo, centro-avante, zagueiro, goleiro. Daqui a pouco vai atuar até como juiz. Lúcio é monstro. A cara fechada dele coloca medo em qualquer um. O adversário treme só de dar uma olhadinha. Coitado do jogador que dá de cara com ele na defesa. Dizem que quando ele sai da zaga, parece que está fugindo da prisão. Lúcio é o cara.
Outro jogador que está chamando a atenção de todo mundo é o Kaká. Primeiro porque ele vem melhorando sua atuação a cada jogo. E segundo porque ele mostrou que corre sangue nas veias dele. Acho que os brasileiros gostaram do novo Kaká, um Kaká bad boy. Foram 3 cartões amarelos em três jogos. Foi expulso jogando contra a Costa do Marfim. Ele não teve medo daqueles monstros da seleção africana e partiu pra cima dos caras.
Na nossa seleção só tem cara marrento. Luis Fabiano não esboça nem meio sorriso antes do jogo. Cumprimenta os adversários como se fossem seus piores inimigos. Isso sem falar no nosso técnico Dunga. Fica com cara amarrada e dá patadas em toda a imprensa. Enquanto estiver ganhando, pode continuar assim. Está ótimo.
Enfim, que venha a Holanda, uma dar grandes forças do futebol europeu. E que ela seja a Holanda de sempre: aquela que assusta, mas não ganha a copa. E vamos tomar suco de laranja!
Brasil: nosso eterno favorito
Por Natália Moraes
A Copa do mundo começou e, junto com ela, as teorias para adivinhar o campeão. Pior do que tentar descobrir a origem do universo é quebrar a cabeça para descobrir, antes da final, qual será a seleção que vai erguer a tão cobiçada taça. A final acontece só dia 11 de julho, mas já são muitas as hipóteses.
O Brasil é sempre favorito ao título. Os motivos? Simplesmente porque é o único país que participou de todas as edições do mundial e é o único com 5 estrelas estampadas em cima do escudo. Além disso, foi campeão das Eliminatórias Sul-Americanas, da Copa América, da Copa das Confederações, é líder do ranking da FIFA. Jamais se despreza uma seleção com uma história como essa. Fala a verdade, o peso da camisa aterroriza nossos adversários.
Além do Brasil, Espanha, Portugal, Inglaterra, França, Itália e Alemanha são favoritas ao título na Copa. Se Maradona não estragar, nossos “hermanos” também têm grandes chances de erguer o caneco. Estou rezando para que isso não aconteça. Acho que ninguém quer ver Maradona sem roupas. Só não podemos esquecer uma coisa: favoritismo não ganha título, como o Brasil bem percebeu em 1950.
Eu estou achando bom todo esse mistério de Dunga, fazendo treinos fechados e concentração rígida. Assim ele não enche os brasileiros de esperança, afinal, quanto maior a expectativa, maior a decepção.
A equipe brasileira conta com vários jogadores talentosos, capazes de entusiasmar o publico e acabar com os adversários. Kaká, com sua velocidade de toque, técnica e força física, é crucial da busca do Brasil pelo hexacampeonato. Apesar de não estar em uma de suas melhores fases, é um dos melhores jogadores do mundo e considerado, por homens e mulheres, a estrela da nossa seleção. Os jogadores Robinho e Luis Fabiano também são essenciais nessa escalação. Outro ponto fortíssimo é a nossa defesa, onde Lucio, Maicon e Juan atuam. Sem contar a muralha que cobre o gol: Julio César.
Na hora de escolher minha preferida, o patriotismo fala mais alto. Eu aposto no Brasil. Acredito que vença com pouco brilho, mas vença! Se não vencer, logo vem o Brasilerão. Cada um torcendo pelo seu time e boa. Aí o pessoal só vai lembrar em 2014. Se o Brasil não for campeão nesse ano, na próxima copa o bicho vai pegar!
A Copa do mundo começou e, junto com ela, as teorias para adivinhar o campeão. Pior do que tentar descobrir a origem do universo é quebrar a cabeça para descobrir, antes da final, qual será a seleção que vai erguer a tão cobiçada taça. A final acontece só dia 11 de julho, mas já são muitas as hipóteses.
O Brasil é sempre favorito ao título. Os motivos? Simplesmente porque é o único país que participou de todas as edições do mundial e é o único com 5 estrelas estampadas em cima do escudo. Além disso, foi campeão das Eliminatórias Sul-Americanas, da Copa América, da Copa das Confederações, é líder do ranking da FIFA. Jamais se despreza uma seleção com uma história como essa. Fala a verdade, o peso da camisa aterroriza nossos adversários.
Além do Brasil, Espanha, Portugal, Inglaterra, França, Itália e Alemanha são favoritas ao título na Copa. Se Maradona não estragar, nossos “hermanos” também têm grandes chances de erguer o caneco. Estou rezando para que isso não aconteça. Acho que ninguém quer ver Maradona sem roupas. Só não podemos esquecer uma coisa: favoritismo não ganha título, como o Brasil bem percebeu em 1950.
Eu estou achando bom todo esse mistério de Dunga, fazendo treinos fechados e concentração rígida. Assim ele não enche os brasileiros de esperança, afinal, quanto maior a expectativa, maior a decepção.
A equipe brasileira conta com vários jogadores talentosos, capazes de entusiasmar o publico e acabar com os adversários. Kaká, com sua velocidade de toque, técnica e força física, é crucial da busca do Brasil pelo hexacampeonato. Apesar de não estar em uma de suas melhores fases, é um dos melhores jogadores do mundo e considerado, por homens e mulheres, a estrela da nossa seleção. Os jogadores Robinho e Luis Fabiano também são essenciais nessa escalação. Outro ponto fortíssimo é a nossa defesa, onde Lucio, Maicon e Juan atuam. Sem contar a muralha que cobre o gol: Julio César.
Na hora de escolher minha preferida, o patriotismo fala mais alto. Eu aposto no Brasil. Acredito que vença com pouco brilho, mas vença! Se não vencer, logo vem o Brasilerão. Cada um torcendo pelo seu time e boa. Aí o pessoal só vai lembrar em 2014. Se o Brasil não for campeão nesse ano, na próxima copa o bicho vai pegar!
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Carros abandonados apodrecem nas ruas de Campinas
As carcaças se tornam um problema para o trânsito caótico e para a saúde da população
É comum encontrar carros velhos abandonados nas ruas das grandes cidades. São veículos em péssimo estado de conservação e sem condições de uso. A maioria está depenada e sem placa. Pertencem a ferros-velho, oficinas mecânicas, desmanches próximos ou não possuem dono identificado.
No ano passado, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) registrou 56 ocorrências na cidade de Campinas, vindas de denúncias de moradores. Porém, basta dar uma volta para encontrar um número maior desses veículos “esquecidos”. Com o tempo, as carcaças vão apodrecendo nas ruas, causando muitos transtornos. Atrapalham o trânsito, degradam o ambiente além de representar um problema para a saúde pública.
“Esses carros atrapalham o trânsito das intermediações. Já vi quase acontecer um acidente devido a esse lixo deixado na rua”, afirma o engenheiro de telecomunicações Marcos Duarte. Morador de um bairro campineiro onde há pelo menos quatro casos de abandono, ele ainda afirma que as carcaças próximas a sua casa estão paradas ali há pelo menos três anos. Indignado com a falta de atitude das autoridades responsáveis, Duarte diz já ter reclamado inúmeras vezes no telefone da prefeitura, porém nada foi feito. “Certificaram-me que registrariam a reclamação e passariam a ocorrência para a polícia investigar, e até agora não vi nada acontecer”, criticou.
Apesar de a retirada poder ser feita por vários órgãos, os restos de carros, permanecem em vários pontos da cidade, o que demonstra um descaso da fiscalização. A Emdec não pode realizar a remoção desses carros quando estacionados em locais permitidos. Cabe ao Departamento de Limpeza Urbana retirá-los se estiverem depenados e sem rodas. Já se o veículo for roubado, a polícia se torna responsável por essa tarefa.
Muitos desses veículos viraram depósitos de lixo, e os vidros, abertos ou quebrados, abrem espaço para a água da chuva, que pode se acumular dentro do carro e até virar foco do mosquito da dengue. A vigilância sanitária considera essas carcaças como pontos de risco, pois são locais que apresentam alta probabilidade de se tornarem criadouros do mosquito Aedes aegyp, transmissor da dengue. Existem três níveis de pontos de risco. O ponto de risco alto é visitado uma vez por mês pelo Centro de Controle de Zoonoses de Campinas (CCZ) uma vez por mês, que elimina o criadouro. Os pontos de risco médio e baixo são visitados por agentes de saúde ou agentes ambientais a cada 15 dias. A cada visita, os agentes eliminam os focos, aplicam veneno, dão orientação ao proprietário da residência ou estabelecimento próximo e fazem relatório para enviar à vigilância sanitária. Porém, a vigilância sanitária, o CCZ e os agentes não têm autoridade para retirar os carros desses locais. “Os agentes e o CCZ apenas podem assegurar que estão cumprindo seu objetivo, que é eliminar os focos da dengue”, afirma a agente de saúde Maria Aparecida de Souza Moraes.
A falta de ferramentas dificulta a retirada desses carros. Segundo a Emdec, a remoção não pode ser feita se estiverem estacionados em locais permitidos. Se não houver queixa de roubo ou atraso com o pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotivo (IPVA) ou o licenciamento, o máximo que pode ser feito é um acordo amigável. A partir do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), a empresa entra em contato com o dono e pede que o carro seja retirado da via. Se estiver depenado e sem placa, cabe ao Departamento de Limpeza Urbana retirá-lo. Se for carro roubado, a polícia se torna responsável por essa tarefa.
Carros abandonados – a lei do mercado?
Manter um carro antigo pode custar caro e, portanto, ser inviável para boa parte dos brasileiros. Por isso, cada vez mais pessoas optam pela compra de um carro mais novo. Atualmente, há grande facilidade para comprar um veículo zero km. O consumidor pode pagar em até 72 meses sem entrada. Os automóveis mais antigos se tornam um problema para o dono, e essas raridades se perdem pelo simples abandono.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou no último dia 04 de março que a produção de veículos novos, no Brasil no primeiro do bimestre de 2010 atingiu 499,5 mil unidades. Um crescimento de 28,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram produzidos 389,3 mil. Segundo a associação, 2010 será o melhor ano da história do setor no país, com crescimento de 9,3% nas vendas, o que corresponde ao volume de 3,4 milhões de unidades. Esses números mostram que a lei do mercado está cada vez mais presente nesse setor. Todos os dias, a frota da cidade de Campinas ganha em média 100 novos carros.
O mercado de seminovos também é grande. O fim da redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros zero-quilômetro aqueceu o comércio de autos usados, contabilizando um aumento de 30% no volume das vendas. Para cada carro zero km, são comprados três seminovos.
Segundo pesquisa realizada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), a frota de carros com mais de 20 anos caiu de 9% para 4,4% dos quase 30 milhões de veículos existentes no Brasil.
Contrariando a lei do mercado, há aqueles apaixonados por carros que compram veículos antigos para restaurar. Há também os colecionadores, que preservam seus carros há anos. Um exemplo disso são as feiras de exposições de carros antigos. A cidade de Águas de Lindóia, no interior de São Paulo, recebe desde 1996 o Encontro Paulista de Autos Antigos, que recebe visitantes estrangeiros e de todo o Brasil.
Como denunciar
Para denunciar veículos abandonados, é preciso ligar para o 156 da prefeitura ou diretamente para a subprefeitura local, que deverá constatar se o carro foi realmente abandonado.
É comum encontrar carros velhos abandonados nas ruas das grandes cidades. São veículos em péssimo estado de conservação e sem condições de uso. A maioria está depenada e sem placa. Pertencem a ferros-velho, oficinas mecânicas, desmanches próximos ou não possuem dono identificado.
No ano passado, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) registrou 56 ocorrências na cidade de Campinas, vindas de denúncias de moradores. Porém, basta dar uma volta para encontrar um número maior desses veículos “esquecidos”. Com o tempo, as carcaças vão apodrecendo nas ruas, causando muitos transtornos. Atrapalham o trânsito, degradam o ambiente além de representar um problema para a saúde pública.
“Esses carros atrapalham o trânsito das intermediações. Já vi quase acontecer um acidente devido a esse lixo deixado na rua”, afirma o engenheiro de telecomunicações Marcos Duarte. Morador de um bairro campineiro onde há pelo menos quatro casos de abandono, ele ainda afirma que as carcaças próximas a sua casa estão paradas ali há pelo menos três anos. Indignado com a falta de atitude das autoridades responsáveis, Duarte diz já ter reclamado inúmeras vezes no telefone da prefeitura, porém nada foi feito. “Certificaram-me que registrariam a reclamação e passariam a ocorrência para a polícia investigar, e até agora não vi nada acontecer”, criticou.
Apesar de a retirada poder ser feita por vários órgãos, os restos de carros, permanecem em vários pontos da cidade, o que demonstra um descaso da fiscalização. A Emdec não pode realizar a remoção desses carros quando estacionados em locais permitidos. Cabe ao Departamento de Limpeza Urbana retirá-los se estiverem depenados e sem rodas. Já se o veículo for roubado, a polícia se torna responsável por essa tarefa.
Muitos desses veículos viraram depósitos de lixo, e os vidros, abertos ou quebrados, abrem espaço para a água da chuva, que pode se acumular dentro do carro e até virar foco do mosquito da dengue. A vigilância sanitária considera essas carcaças como pontos de risco, pois são locais que apresentam alta probabilidade de se tornarem criadouros do mosquito Aedes aegyp, transmissor da dengue. Existem três níveis de pontos de risco. O ponto de risco alto é visitado uma vez por mês pelo Centro de Controle de Zoonoses de Campinas (CCZ) uma vez por mês, que elimina o criadouro. Os pontos de risco médio e baixo são visitados por agentes de saúde ou agentes ambientais a cada 15 dias. A cada visita, os agentes eliminam os focos, aplicam veneno, dão orientação ao proprietário da residência ou estabelecimento próximo e fazem relatório para enviar à vigilância sanitária. Porém, a vigilância sanitária, o CCZ e os agentes não têm autoridade para retirar os carros desses locais. “Os agentes e o CCZ apenas podem assegurar que estão cumprindo seu objetivo, que é eliminar os focos da dengue”, afirma a agente de saúde Maria Aparecida de Souza Moraes.
A falta de ferramentas dificulta a retirada desses carros. Segundo a Emdec, a remoção não pode ser feita se estiverem estacionados em locais permitidos. Se não houver queixa de roubo ou atraso com o pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotivo (IPVA) ou o licenciamento, o máximo que pode ser feito é um acordo amigável. A partir do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), a empresa entra em contato com o dono e pede que o carro seja retirado da via. Se estiver depenado e sem placa, cabe ao Departamento de Limpeza Urbana retirá-lo. Se for carro roubado, a polícia se torna responsável por essa tarefa.
Carros abandonados – a lei do mercado?
Manter um carro antigo pode custar caro e, portanto, ser inviável para boa parte dos brasileiros. Por isso, cada vez mais pessoas optam pela compra de um carro mais novo. Atualmente, há grande facilidade para comprar um veículo zero km. O consumidor pode pagar em até 72 meses sem entrada. Os automóveis mais antigos se tornam um problema para o dono, e essas raridades se perdem pelo simples abandono.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou no último dia 04 de março que a produção de veículos novos, no Brasil no primeiro do bimestre de 2010 atingiu 499,5 mil unidades. Um crescimento de 28,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram produzidos 389,3 mil. Segundo a associação, 2010 será o melhor ano da história do setor no país, com crescimento de 9,3% nas vendas, o que corresponde ao volume de 3,4 milhões de unidades. Esses números mostram que a lei do mercado está cada vez mais presente nesse setor. Todos os dias, a frota da cidade de Campinas ganha em média 100 novos carros.
O mercado de seminovos também é grande. O fim da redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros zero-quilômetro aqueceu o comércio de autos usados, contabilizando um aumento de 30% no volume das vendas. Para cada carro zero km, são comprados três seminovos.
Segundo pesquisa realizada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), a frota de carros com mais de 20 anos caiu de 9% para 4,4% dos quase 30 milhões de veículos existentes no Brasil.
Contrariando a lei do mercado, há aqueles apaixonados por carros que compram veículos antigos para restaurar. Há também os colecionadores, que preservam seus carros há anos. Um exemplo disso são as feiras de exposições de carros antigos. A cidade de Águas de Lindóia, no interior de São Paulo, recebe desde 1996 o Encontro Paulista de Autos Antigos, que recebe visitantes estrangeiros e de todo o Brasil.
Como denunciar
Para denunciar veículos abandonados, é preciso ligar para o 156 da prefeitura ou diretamente para a subprefeitura local, que deverá constatar se o carro foi realmente abandonado.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Lula pede à ONU reabertura do debate sobre as Malvinas
O presidente brasileiro apóia a Argentina e critica a soberania britânica
Por Natália Moraes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu à Organização das Nações Unidas (ONU) a reabertura do debate da posse das Ilhas Malvinas em discurso durante o encerramento da cúpula, nessa terça-feira, em Cancún, no México. O arquipélago é alvo de disputa entre Argentina e Reino Unido.
Lula criticou a soberania da Grã-Bretanha sobre o território. “Não é possível que a Argentina não seja dona das Malvinas, e seja um país que está a 14 mil quilômetros de distância”, afirmou. O presidente brasileiro apóia o país sul-americano e acredita que a posse britânica ocorre devido ao fato do país ser membro do Conselho de Segurança da ONU. “Ora, será que é o fato de a Inglaterra participar como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que a eles pode tudo e aos outros não pode nada?”, completou.
Lula ainda afirmou que a ONU se afastou de assuntos que seriam de sua responsabilidade, como os conflitos do Oriente Médio e as discussões com o Irã, deixando-os por conta dos interesses dos países desenvolvidos. “Por que a ONU se afasta e os países individualmente tratam desses assuntos? É porque a ONU perdeu representatividade e porque muitos dos países que participam do Conselho de Segurança preferem a ONU frágil para que eles possam desobedecer às decisões da ONU e fazer do seu comportamento enquanto nação a grande personalidade de governança mundial”.
As Ilhas Malvinas
A Grã-Bretanha ocupa desde 1833 o arquipélago, chamado pelos ingleses de Falklands. A Argentina reivindica a soberania da região, acreditando ter herdado essas terras de colonizadores espanhóis. Já os britânicos acreditam que a população local é em sua maioria de sua nacionalidade e quer manter seus laços coloniais.
Por Natália Moraes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu à Organização das Nações Unidas (ONU) a reabertura do debate da posse das Ilhas Malvinas em discurso durante o encerramento da cúpula, nessa terça-feira, em Cancún, no México. O arquipélago é alvo de disputa entre Argentina e Reino Unido.
Lula criticou a soberania da Grã-Bretanha sobre o território. “Não é possível que a Argentina não seja dona das Malvinas, e seja um país que está a 14 mil quilômetros de distância”, afirmou. O presidente brasileiro apóia o país sul-americano e acredita que a posse britânica ocorre devido ao fato do país ser membro do Conselho de Segurança da ONU. “Ora, será que é o fato de a Inglaterra participar como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que a eles pode tudo e aos outros não pode nada?”, completou.
Lula ainda afirmou que a ONU se afastou de assuntos que seriam de sua responsabilidade, como os conflitos do Oriente Médio e as discussões com o Irã, deixando-os por conta dos interesses dos países desenvolvidos. “Por que a ONU se afasta e os países individualmente tratam desses assuntos? É porque a ONU perdeu representatividade e porque muitos dos países que participam do Conselho de Segurança preferem a ONU frágil para que eles possam desobedecer às decisões da ONU e fazer do seu comportamento enquanto nação a grande personalidade de governança mundial”.
As Ilhas Malvinas
A Grã-Bretanha ocupa desde 1833 o arquipélago, chamado pelos ingleses de Falklands. A Argentina reivindica a soberania da região, acreditando ter herdado essas terras de colonizadores espanhóis. Já os britânicos acreditam que a população local é em sua maioria de sua nacionalidade e quer manter seus laços coloniais.
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